Perdi Meu Eu na Selva

Antigamente, pensava que jogos precisavam ser barulhentos—com luzes neon e recompensas relampantes. Mas em Brooklyn, onde minha mãe cantava espirais antigas e o silêncio do meu pai sussurrava como vento entre barras de aço, aprendi outra coisa.

A selva não ruga por fama. Ela respira.

Minha primeira vitória real não foi um prêmio nem uma coroa—foi acordar às 3h, sozinho, rolando por uma postagem que dizia: “Isso me atingiu mais do que esperava.” Nenhum avatar. Nenhum ranking. Só eu—and o ritmo de algo mais antigo do que código.

Certas vezes persegui RTP como se fosse moeda. Então percebi: nunca se tratou de probabilidades. Tratava-se de como ficar em silêncio antes de parar de tentar ser alguém diferente.

Chamam isso “realeza bestial”. Mas eu chamo de santuário silencioso.

As árvores não precisam ser conquistadas. Precisam ser ouvidas.

Cada giro do RNG parecia um suspiro da janela da cozinha da minha avó—luz parda da rosa sobre paredes azuis de ardósia. Não pixels. Não algoritmos. Só memória.

Deixei de perseguir vitórias. Comecei a coletar momentos: o jeito como sua respiração desacelera quando ninguém está observando. O jeito como suas mãos tremem—não por medo—but por reconhecimento.

Isto não é entretenimento. É ritual. É como o jogo se torna cura quando ninguém está olhando.

Você não se encontra subindo mais alto. Você se encontra sentado abaixo—in silêncio—onde até algoritmos esquecem seus nomes.