Perdi o Meu Eu no Ritmo do Oceano

Não vim aqui para vencer. Vim para ouvir. A primeira vez que me sentei num balcão digital em Auckland—meus dedos tremendo sobre uma aposta de $0,5—pensei que perseguia um golfinho. Mas o mar não falava em prêmios. Sussurrava no silêncio. Minha mãe, com os ritmos afro-caribenhos cantando pelas janelas da cozinha, ensinou-me: “Não busques alegria—deixa-te encontrar a ti.” Meu pai, silencioso e de engenharia alemã, nunca disse muito—but deixou-me espaço para sentir sem ruído. Em Paraíso Animal, chamam isso de jogo. Mas não é mecânica. É memória. Cada mão repartida é um suspiro. Cada pausa entre giros? É aí que me encontrei—descalço na areia molhada ao amanhecer, observando gaivotas traçarem padrões que nenhum algoritmo poderia nomear. Antes pensava que vencer significava mais créditos. Agora sei: o verdadeiro prêmio é o silêncio após o último giro. No último inverno, durante a Noite Animal Coral, não ganhei nada—só uma imagem—a captura das minhas mãos dobradas sobre rolos vazios. Nenhuma fanfarra. Só ondas rolantes na crepúsculo azul-marinho. Chamam isso entretenimento. Eu chamo isso santuário. O oceano não recompensa coragem—it ensina-te como ser suficientemente calmo para ouvir teu próprio batimento cardíaco. Então hoje, abro novamente o app—não por moedas, mas porque algum lugar, entre ritmo e arrependimento, elembro quem eu sou.